Numa enquete, 80% disseram ser a favor da importação de profissionais de Cuba.
Os leitores do Diário disseram, em bloco: nós queremos, sim, médicos cubanos.
Na enquete que fizemos, 80% dos leitores aprovaram a ideia do governo.
Dos demais, 12% disseram não ter uma opinião definida. Apenas 8% foram contra.
Venceu o bom senso.
A medicina cubana, como tivemos oportunidade de ver em vários artigos publicados nestes dias no Diário, é uma referência mundial.
Até o lendário sistema de saúde inglês, o NHS, foi verificar em Cuba o que poderia aprender com o modelo cubano de medicina.
Em Cuba o foco é a prevenção. Os médicos saídos das aclamadas escolas de medicina cubanas estão presentes em todo o país. Não existe uma única região que não seja coberta por médicos.
O cubano normal recebe uma visita anual de seu médico. O objetivo, além de controlar a saúde do paciente, é ver se seu estilo de vida é adequado.
Pessoas com problemas crônicos recebem mais de uma visita anual.
Os indicadores de saúde em Cuba estão entre os melhores do mundo – da mortalidade infantil à expectativa de vida.
Sobretudo, em Cuba não floresceu – talvez até pelo isolamento a que foi condenada pelos Estados Unidos – a cultura voltada para o dinheiro, incentivada em grande parte pela poderosa indústria de remédios.
Ser médico em Cuba implica um quase sacerdócio – e isso significa, frequentemente, se deslocar a países pobres, como o Haiti e a Nigéria, para ajudar a cuidar de doentes desvalidos.
Se os médicos cubanos de alguma forma ajudarem a reformar a mentalidade voltada para o dinheiro da medicina no Brasil, prestarão uma contribuição milionária à saúde dos brasileiros.