Otan faz exercício nuclear e manda recado a Putin: “Defenderemos nossos aliados”

Atualizado em 14 de outubro de 2024 às 13:56
Soldados durante exercício militar da Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Foto: Reprodução

A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar liderada pelos Estados Unidos, iniciou nesta segunda (14) seu exercício nuclear anual, chamado de “Steadfast Noon”, como um recado velado ao presidente da Rússia, Vladimir Putin. A atividade foi anunciada por Mark Rutte, secretário-geral da organização, na última quarta (10).

O exercício militar conta com a estreia da Finlândia, que aderiu à aliança militar no ano passado, e autoridades russas afirmam que a atividade elevam a tensão entre os países. “Sob as condições de uma guerra quente, que está ocorrendo dentro do arcabouço do conflito ucraniano, tais exercícios levam a nada menos do que mais escalada de tensões”, afirma Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.

O exercício conta com 2 mil militares de oito bases aéreas diferentes e mais de 60 aeronaves. A simulação ocorre na Bélgica e na Holanda, e há uma previsão de que os aviões voem sobre a Dinamarca e o Reino Unido.

O governo do presidente russo Vladimir Putin se manifestou sobre exercício nuclear da Otan. Foto: Anton Vaganov/Reuters

Ao anunciar a atividade, Mark Rutte apontou que ela envia uma “mensagem clara a qualquer adversário de que a Otan protegerá e defenderá todos os aliados”. O exercício ocorre após os EUA revisarem sua política de uso de armamentos em meio à guerra da Rússia contra a Ucrânia e a Otan sinalizar que pode aumentar o arsenal de cem ogivas táticas que guarda em seis bases em países europeus.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que a Otan segue um caminho “extremamente perigoso” com o exercício e pediu que a organização e os EUA “recuperem o bom senso e compreendam completamente as consequências catastróficas de seu curso”.

O Steadfast Noon é a segunda maior atividade militar da organização neste ano. Entre janeiro e maio, a Otan realizou um exercício com cerca de 90 mil soldados, mais de 80 aeronaves, 50 navios de guerra e 1,1 mil veículos de combate, como tanques de guerra. A ação foi apontada como uma resposta da Otan a um ataque rival, mas vista pelo governo de Putin como uma preparação pra conflito direto com o país.

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