VÍDEO – Padre bolsonarista faz missa contra urnas, Doria e Lula: “Maior ladrão do mundo”

Atualizado em 10 de março de 2022 às 10:40
O padre Edison Geraldo Bovo durante missa
O padre Edison Geraldo Bovo, de Laranjal Paulista (SP)

Em missa na cidade de Laranjal Paulista (SP), o padre bolsonarista Edison Geraldo Bovo, da Paróquia São Roque, fez ataques contra as urnas eletrônicas, o governador de SP, João Doria (PSDB), e o ex-presidente Lula (PT). Ele começou seu discurso dizendo que o sistema de votos no Brasil “é fraudável e não adianta querer provar outra coisa”. O vídeo foi compartilhado nas redes sociais do jornalista Eduardo Matysiak nesta quinta-feira (10).

Ao falar sobre Doria, o religioso o chamou de “desinfeliz” e perguntou à plateia: “Quando ele defendeu vocês?”. Ele também culpou o tucano por ter “fechado um monte de empresa” e ter acabado com o “sonho de investir em alguma coisa grande”. No ano passado, também durante uma homilia, comparou o tucano ao líder nazista Adolf Hitler.

Uma das figuras mais populares da cidade do interior paulista, o padre Edison foi ainda mais agressivo ao falar de Lula. Disse que o petista é “o maior ladrão que o mundo já viu” e afirmou: “Coitada da família dele, do pai e da mãe, que têm vergonha disso”. Os pais de Lula estão mortos há mais de 40 anos. Ainda segundo Edison, o ex-presidente “usou um dinheirinho” para pagar o STF (Supremo Tribunal Federal) para declará-lo inocente.

Confira:

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Padre já usou outras missas para propagar negacionismo

Em fevereiro do ano passado, o religioso também usou uma de suas homilias para fazer política. Ele detonou Doria pelas medidas restritivas que estavam em curso no estado para conter o avanço do coronavírus e se manifestou contra o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (PL). O padre chamou o tucano de “neurótico” e criticou as incoerências do poder público.

“O povo tem que parar e gritar: ‘Ninguém vai fechar nada’. Que palhaçada é essa? O povo vai morrer de fome? Começa lá… O neurótico do governador, quanto ele ganha por mês? Mais de R$ 40 mil? [Que ele] divida o salário dele com os pobres aqui, com os pais de família que vão ficar sem [renda], com o vendedor ambulante que não vai ganhar nada. Se é para fazer a coisa certa, vamos lá”, afirmou.

Edison também criticou os protestos contra Bolsonaro que aconteciam no país na época. “Fazem um barulhinho tonto para tirar o presidente. Isso é neurose, gente, como é que vai mexer com o presidente numa situação como essa? Vamos todo mundo nos unir para o bem e para salvar o povo, mas ninguém quer salvar o povo, querem implodir o Brasil, detonar por dentro, para o Brasil morrer”, declarou o padre.

Assista:

https://www.youtube.com/watch?v=dEwBv7pr0JY

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