O governo federal propôs nesta quarta-feira (10) aos servidores públicos federais um reajuste em auxílios como alimentação e creche. A proposta ocorre em meio a ameaças de paralisações e greves de funcionalismo.
A proposta também incluiu a abertura de negociações separadas por categorias para eventuais aumentos salariais, com a condição de que os serviços públicos não sejam interrompidos.
Apesar disso, a reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente entre o governo e servidores foi encerrada sem um acordo. Os representantes dos servidores devem dar uma resposta ao Ministério da Gestão até a próxima segunda-feira (15).
Segundo o texto apresentado pelo governo, o auxílio alimentação passará de $ 658 para R$ 1 mil (alta de 51,9%); a assistência à saúde complementar per capita média (auxílio saúde) de R$ 144,38 para cerca de R$ 215; a assistência pré-escolar (auxílio creche) de R$ 321 para R$ 484,90. O reajuste passaria a valer a partir de maio deste ano.
A tendência é que os servidores aceitem os reajustes de benefícios até o início da próxima semana.
O governo tem sido pressionado por servidores públicos por reajustes salariais, com algumas categorias pedindo um aumento de 30% em 2024.
Antes do início da reunião de negociação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a equipe econômica está analisando se há espaço para reajustes nos próximos anos.
O ministro disse ainda que, neste ano, o reajuste não será possível pois o “orçamento está fechado”.