Jair Bolsonaro (PL) pode ter cometido crime ao associar a vacina contra a Covid-19 com o risco de contrair-se o vírus da Aids. Pelo menos, essa é a avaliação que a Polícia Federal transmitiu ao STF na tarde desta quarta-feira (17).
Como se sabe, não existe tal associação, como já esclarecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Lorena Lima Nascimento, delegada responsável pelo caso, pediu autorização à Corte Suprema para indiciar Bolsonaro e o tenente Mauro Cid, ajudante de ordens, que ajudou a produzir o material divulgado pelo mandatário. A PF concluiu que ambos praticamente incitação ao crime, conduta tipificada no Código Penal cuja pena é de prisão de três a seis meses.
De acordo com a PF, o presidente “disseminou, de forma livre, voluntária e consciente, informações que não correspondiam ao texto original de sua fonte, provocando potencialmente alarma de perigo inexistente aos espectadores”.
O relatório afirma que a conduta de Bolsonaro acabou incentivando nos espectadores das lives o descumprimento das normas sanitárias estabelecidas pelo próprio governo.
A PF pede ainda que seja autorizada a tomada de depoimento de Bolsonaro.
A Polícia Federal afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que há indícios de que o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime ao associar a vacina contra a Covid-19 com o risco de contrair Aids.
Bolsonaro fez a relação mentirosa entre o imunizante da Covid e risco de HIV em uma live no dia 22 de outubro do ano passado. Posteriormente, o vídeo foi retirado do ar por Facebook, YouTube e Instagram.
Na transmissão, Bolsonaro disse que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas contra a Covid teriam contraído Aids (doença causada pelo HIV) “muito mais rápido que o previsto”. Não existe qualquer relatório oficial sobre o tema.
As informações são do G1.