O Paraguai realizou na última quinta-feira (4) uma operação histórica ao enviar para o Brasil 25 prisioneiros brasileiros, muitos deles ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e ao Comando Vermelho, que estavam detidos em prisões paraguaias.
Com sacos pretos cobrindo suas cabeças, os detentos foram transportados por um grande efetivo policial até as regiões fronteiriças de Pedro Juan Caballero e Ciudad del Este, locais com altas taxas de violência. Mais de 800 policiais civis e militares participaram da operação.
A operação ocorreu durante toda a manhã sem anúncios públicos por questões de segurança. Mais tarde, ao ser divulgada, as autoridades paraguaias descreveram as cifras como históricas.
Segundo o presidente Santiago Peña, o objetivo da operação é “desarticular o crime que opera nas prisões e depois repercute nas ruas”. “Tudo em busca de um Paraguai mais seguro para nossas famílias”, afirmou.
Em uma entrevista para uma rádio local, o presidente paraguaio disse que o pedido de sigilo sobre a operação foi feito por Brasília, que demandou que as ações ocorressem sem anúncio público não apenas durante a retirada dos presos das penitenciárias, mas também durante seu ingresso no Brasil.
Os detentos, que estavam condenados a penas que variam de sete a 35 anos de reclusão, foram impedidos de retornar ao Paraguai por ao menos 20 anos. Entre eles, há condenados por diversos crimes, desde tráfico de drogas até violência sexual contra menores e homicídio.