Paralímpiada: Mariana D’Andrea conquista ouro e é bicampeã pelo Brasil no halterofilismo

Atualizado em 7 de setembro de 2024 às 9:31
Halterofilista Mariana D’Andrea após conquistar o bicampeonato no halterofilismo, nas Paraolimpíadas de Paris 2024. Foto: Ana Patrícia/CPB

A halterofilista Mariana D’Andrea, de 26 anos, confirmou as projeções e conquistou a medalha de ouro na categoria até 73 kg na Arena Porte de La Chapelle, nos Jogos Paralímpicos de Paris, neste sábado (7).

A paratleta levantou 148 kg, estabelecendo um novo recorde paralímpico e garantindo o bicampeonato. Desde o início dos Jogos Paralímpicos, a halterofilista era apontada como uma medalha de ouro praticamente certa em todas as projeções.

A paulista, que é a mulher com baixa estatura mais forte do mundo, aumentou em 11kg sua carga em relação ao que suportou em Tóquio-2020.

Na primeira tentativa, D’Andrea levantou 141 kg, superando o recorde paralímpico anterior por um quilo. Cada atleta tinha direito a três tentativas.

Na segunda tentativa, começou uma disputa com Ruza Kuzieva, que levantou 142 kg, superando a brasileira. Em seguida, D’Andrea levantou 143 kg.

Já na terceira rodada, Kuzieva arriscou e pediu 151 kg (marca que igualaria o recorde mundial). No entanto, ela ajustou o peso para 147 kg. D’Andrea, que havia inicialmente solicitado 152 kg, também revisou sua tentativa para 148 kg e garantiu a medalha de ouro.

Valdecir Lopes, treinador da seleção paralímpica de halterofilismo, pontua que em Paris-2024 dos cerca de 180 atletas do halterofilismo, menos de 30 têm baixa estatura. Mariana foi a única com nanismo a ser campeã olímpica em Tóquio-2020. Observa ainda que atletas nestas condições, com no máximo 1,45m para homens e 1,40m para mulheres, não chegam a disputar categorias de peso mais altas. Em média, são mais leves do que os concorrentes.

“Se os de baixa estatura tivessem tanta vantagem assim, esses números seriam outros. O que nos cabe, como treinadores, é explorar o que eles têm de melhor, valorizar o ponto forte”, avalia.

Em Paris-2024, o Brasil tem 255 atletas com deficiência e apenas três têm nanismo: Mariana, Maria Rizonaide (ambas do halterofilismo) e Vitor Tavares (bronze no badminton, em classe específica). Mayara Petzold, que também foi bronze nos 50m borboleta na natação (S6, limitações físico-motoras), tem deficiência similar ao nanismo. E dos 708 total de atletas do halterofilismo registrados no CPB, 24 têm baixa estatura, cerca de 3%.

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