Por Miguel Paiva
Há uma série americana produzida e estrelada por Kevin Costner chamada Yellowstone que retrata uma enorme fazenda de gado no estado de Montana e seus dramas no mundo de hoje. Um desses dramas é a luta pela preservação do meio ambiente ao mesmo tempo em que a pecuária tradicional e natural que não precisou desmatar para criar pastagens e sim tirá-la dos indígenas, se vê em luta contra o capitalismo que quer transformar o estado numa fonte de renda constante através do turismo.
Parecido com o que o governo que sai quis fazer com Angra dos Reis. Lá, a velha tradição rural é pressionada a acabar com a pecuária que segundo uma das personagens, justamente uma advogada desta invasão capitalista não terá mais futuro nos EUA. E sabem por quê, ela pergunta. Porque a carne nos Estados Unidos daqui a muito pouco tempo virá toda do Brasil. Florestas tropicais sendo derrubadas para criar pastos e produzir a carne que o mundo comerá. E ela completa dizendo que o Brasil será para os alimentos o que a China é para a indústria no planeta. A personagem diz isso assim porque o problema não é dela. Ela está querendo lucrar com tudo isso. Trabalha na moita para convencer um dos filhos do fazendeiro a vender as terras.
Aqui no Brasil as terras já estão vendidas e os agropecuaristas querem mais é que esse projeto se concretize. E para isso, boa parte deles através da bancada do agro no Congresso prepara a aprovação da PL do veneno. Quanto mais agrotóxicos mais a terra servirá aos interesses dessa turma ignorando por completo o mal que ele causa e os verdadeiros donos da terra que são os povos originários.
Hoje mesmo a Holanda acabou de pedir perdão pela escravidão que comandou durante séculos. Lula em 2005 também pediu perdão aos povos da África pelo papel que o Brasil teve no comércio de escravos. Tudo isso se junta num mesmo momento histórico em que o Brasil pode deixar de ser um simples produtor de carne para exportar para os países ricos para se tornar líder de uma transformação. Proibir que o resto da boiada passe, continuar pedindo desculpas, mas também trabalhar contra o racismo, contra o desmatamento e contra o envenenamento dos povos na terra.
Chega de servir de canteiro para o planeta. Temos que liderar essa luta que é nossa e de todo o mundo. Lula é a pessoa certa para parar com essa vergonha que continua nos perseguindo até o ano virar. O Congresso fecha os olhos e tenta rapar o fundo do tacho enquanto dá tempo. O STF luta também em velocidade para que os absurdos sejam contidos. O orçamento secreto deixa de ser secreto e a ajuda para as pessoas que passam fome sobrevive ao teto que essas pessoas não têm para viver.
Uma certa época o Brasil era lembrado nos filmes como o lugar perfeito para os bandidos que não eram punidos. Continua sendo, mas precisamos mudar o rumo dessa prosa e para isso temos que parar já com esse destino armado para nós. Não queremos ser o fornecedor de carne para os Estados Unidos. Se possível deveríamos até parar de comer carne, mas sobretudo devolver aos povos originários o direito de decidir sobre seu futuro. A hora é essa. Além de desculpas, queremos ação.
Chega de servir de canteiro para o planeta. Temos que liderar essa luta que é nossa e de todo o mundo. Lula é a pessoa certa para parar com essa vergonha que continua nos perseguindo até o ano virar. O Congresso fecha os olhos e tenta rapar o fundo do tacho enquanto dá tempo. O STF luta também em velocidade para que os absurdos sejam contidos. O orçamento secreto deixa de ser secreto e a ajuda para as pessoas que passam fome sobrevive ao teto que essas pessoas não têm para viver.
Uma certa época o Brasil era lembrado nos filmes como o lugar perfeito para os bandidos que não eram punidos. Continua sendo, mas precisamos mudar o rumo dessa prosa e para isso temos que parar já com esse destino armado para nós. Não queremos ser o fornecedor de carne para os Estados Unidos. Se possível deveríamos até parar de comer carne, mas sobretudo devolver aos povos originários o direito de decidir sobre seu futuro. A hora é essa. Além de desculpas, queremos ação.
Texto publicado originalmente no Jornalistas pela Democracia