Parlamentares bolsonaristas recuam na defesa da CPMI dos ataques terroristas

Atualizado em 24 de abril de 2023 às 14:01
Golpistas durante atos terroristas de 8 de janeiro. Foto: Evaristo Sa

Bolsonaristas no Congresso Nacional começaram a recuar na luta pela abertura de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para apurar os ataques terroristas de 8 de janeiro. Apesar de terem investido na mobilização para instalar o colegiado nas últimas semanas, os parlamentares iniciaram um movimento de desmobilização nos bastidores. A informação é do Correio Braziliense.

O responsável pela apresentação do requerimento da comissão, o deputado André Fernandes (PL-CE), segue cobrando a instalação publicamente. Nos bastidores, entretanto, houve um recuo após o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) indicar que seu partido fará o possível para que ele não participe das investigações.

Fernandes é um dos alvos de inquérito da Polícia Federal por suspeita de incentivar os ataques terroristas. Ele teve seu nome incluído na investigação por divulgar, com dois dais de antecedência, a manifestação que culminou na invasão da Praça dos Três Poderes.

Outro motivo que gerou o recuo dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro foi a atuação do União Brasil no Congresso. A sigla, que tem três ministros no governo Lula e grandes bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, quer indicar parlamentares aliados à gestão petista para a comissão.

O ex-presidente tem coordenado a instalação da CPMI junto de parlamentares aliados. Sua ideia é associar o governo ao 8 de janeiro. Em entrevista no mês passado, ele afirmou que o episódio seria uma “armadilha feita pela esquerda” e que o colegiado pode apontar “ação” de Lula no episódio.

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