Parlamentares repudiam “masturbação coletiva” de alunos da Unisa em jogo feminino

Atualizado em 18 de setembro de 2023 às 12:26
Time de futsal da Unisa desfila de calças arriadas em jogo. Foto: Reprodução

Diversas parlamentares foram às redes sociais repudiar a “masturbação coletiva” realizada por alunos do curso de Medicina da Unisa, Universidade Santo Amaro, durante o Intermed, torneio esportivo das faculdades de medicina do estado de São Paulo.

Imagens que circulam pelas redes sociais mostram um grupo de estudantes, com o calção nos joelhos, desfilando pela quadra de futsal simulando o ato. O episódio ocorreu durante uma partida de vôlei feminino que fazia parte da competição entre as universidades, realizada de 2 a 9 deste mês.

“Simplesmente nojento e criminoso o que estudantes de Medicina da Unisa fizeram no Intermed, torneio esportivo entre faculdades de Medicina de São Paulo. Esperamos que a Unisa tome providências, porque é um horror pensar que esses homens serão futuros médicos”, disse a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ).

A deputada estadual pelo PT, Laura Sito, também comentou sobre o episódio: “No país que um 1 estupro é registrado a cada 7 minutos, um time de futsal masculino, da Faculdade de Medicina UNISA, se masturbou coletivamente durante jogo de vôlei feminino. O ato configura como importunação sexual e todos tem que ser punidos. Ser mulher é um ato de coragem!”, escreveu.

A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL) disse que ficou “embasbacada” com o comportamento dos estudantes. “Embasbacada com o comportamento de alguns estudantes de medicina da Unisa (SP) durante uma partida de vôlei feminino. Importunação sexual é crime! A universidade precisa se manifestar e punir esse comportamento asqueroso, primitivo e criminoso”, afirmou.

A União Nacional dos Estudantes disse que é intolerável o episódio: “Absurdas as cenas dos alunos de medicina da Unisa durante os jogos universitários. Esses estudantes precisam ser responsabilizados pelos crimes cometidos em uma conduta inaceitável durante um jogo de vôlei feminino. Não podemos tolerar que casos como esse continuem acontecendo”.

Assim como os demais, o Centro Acadêmico Rubens Monteiro de Arruda, do curso de Medicina da Unisa, repudiou o ocorrido. Em nota, o centro acadêmico ressaltou que o comportamento dos alunos é um “retrocesso para uma universidade”.

“Nós não compactuamos com atitudes que ofendam, humilhem e constranjam qualquer pessoa. É notório que tais feitos são um retrocesso para uma universidade moldada através de lutas e reivindicações de seus discentes, e que também se dedica para que seu nome seja respeitado e reconhecido”, diz trecho da nota publicada nas redes sociais.

“Dessa forma, queremos que a Medicina Santo Amaro seja lembrada pelas suas qualidades e proezas, e não por tais feitos que, veementemente, não representam nossa querida Casa.”

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