O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou nesta sexta-feira (8) em Nova Delhi, capital da Índia, onde participa no fim de semana da reunião de cúpula do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia.
No sábado, o presidente brasileiro participa de duas sessões de trabalho, duas reuniões bilaterais (com os presidentes da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, e com o príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman) e da cerimônia de lançamento da Aliança Global de Biocombustíveis, cujos membros são Brasil, África do Sul, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Índia, Itália e Maurício.
A busca por viabilizar cada vez mais o uso de combustíveis não poluentes tem sido tema obrigatório da agenda internacional do presidente Lula e de outros integrantes do seu gabinete, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Recentemente, na cúpula do Brics, ele disse que o Brasil vai conciliar industrialização com energias limpas.
EUA, Brasil e Índia são os três maiores produtores mundiais de etanol e a meta é incentivar o consumo do combustível renovável, substituindo o uso do petróleo.
No domingo, Lula terá reunião com o presidente da França, Emmanuel Macron, e receberá do país anfitrião a presidência rotativa do bloco. A próxima cúpula, em 2024, será no Rio de Janeiro.
O Brasil pretende discutir temas como desenvolvimento sustentável, combate à desigualdade, à fome , e a guerra entre Ucrânia e Rússia, tema controverso num bloco que reúne tantos países ocidentais — críticos incondicionais da invasão e anexação de territórios promovida pela Rússia — e outros, como o Brasil, que têm uma visão menos pró-Ucrânia e defendem que a negociação de paz ocorra a partir da conjuntura atual, sem necessariamente partirem do pressuposto de que a Rússia deva devolver os territórios anexados.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não estará no encontro, assim como o da China, Xi Jinping. Será a primeira cúpula do G20 após o anúncio da ampliação do Brics, fato que pode esvaziar o G20, segundo análise de alguns especialistas.
Publicado originalmente em Brasil de Fato