Partido de Bolsonaro recebe doação de R$ 300 mil de ex-ministro da ditadura

Atualizado em 9 de novembro de 2024 às 8:30
air Bolsonaro com militares: o partido do ex-capitão recebeu uma doação generosa de ex-ministro da ditadura militar. Foto: Reprodução

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, recebeu, em 2024, uma generosa doação de R$ 300 mil do banqueiro Ângelo Calmon de Sá, ex-ministro durante o governo do general Ernesto Geisel, o quarto presidente da ditadura militar brasileira (1974-1979), conforme informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.

As doações foram realizadas em setembro e consistiram em três contribuições, todas registradas na prestação de contas do PL ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os valores foram declarados como “doações para manutenção do partido” e foram feitas por pessoa física.

Ângelo Calmon de Sá, além de ter integrado o governo militar, também teve destaque no governo de Fernando Collor, onde atuou como ministro do Desenvolvimento Regional em 1992. Após deixar o cargo, o banqueiro retornou ao Banco Econômico, instituição que controlava.

Ângelo Calmon de Sá | BN Hall | Flickr
O banqueiro Ângelo Calmon de Sá, ex-ministro durante o governo do general Ernesto Geisel. Foto: reprodução

Em 1995, o Banco Econômico passou por uma intervenção do Banco Central e teve suas atividades suspensas, sendo posteriormente incorporado ao Banco Excel.

Até o momento, a prestação de contas do PL indica que o partido arrecadou R$ 166,6 milhões em 2024. A maior parte dessa quantia, cerca de R$ 160 milhões, vem do fundo partidário, uma verba distribuída pelo TSE com base na bancada de cada sigla no Congresso.