Partidos de esquerda vencem eleições na Guiana Francesa e em dois territórios ultramarítimos

Atualizado em 7 de julho de 2024 às 15:23
Jean-Victor Castor. Foto: Reprodução

Partidos de esquerda conquistaram vitórias significativas nas eleições legislativas recentes em três territórios ultramarinos franceses, contrariando a tendência nacional de ascensão da extrema direita.

Na Guiana Francesa, departamento localizado na América do Sul, os eleitores reelegeram dois deputados da Nova Frente Popular (NFP). Jean-Victor Castor obteve 76,11% dos votos, enquanto Davy Rimane assegurou sua reeleição com 17%, após a desistência de sua concorrente. Esses resultados indicam um claro apoio às políticas progressistas na região, que faz fronteira com o Estado brasileiro do Amapá.

Nas ilhas caribenhas da Guadalupe, a esquerda também consolidou sua posição, com todos os deputados progressistas se reelegendo nos quatro distritos eleitorais. Christian Baptiste e Max Mathiasin, ambos independentes de esquerda, alcançaram 72,38% e 69,15% dos votos, respectivamente, derrotando candidatos do Reunião Nacional (RN), partido de extrema direita. Esse resultado reflete uma forte rejeição à agenda da extrema direita entre os eleitores guadalupenhos.

Na ilha da Martinica, Jean-Philippe Nilor, da Nova Frente Popular, conquistou uma vitória esmagadora com 86,58% dos votos contra o candidato do RN, evidenciando um apoio robusto à esquerda na região.

Outros membros da aliança progressista também garantiram suas reeleições com margens significativas de votos. A Martinica, assim como a Guadalupe, registrou aumento na taxa de participação eleitoral em comparação com eleições anteriores, indicando um engajamento renovado dos eleitores.

Eleitora deposita seu voto na urna de uma seção eleitoral em Pointe-à-Pitre, na ilha da Guadalupe, território ultramarino francês no Caribe, no sábado, 6 de julho de 2024. AFP – CARLA BERNHARDT

Além desses territórios, na Polinésia Francesa, defensores da autonomia local se destacaram nas urnas contra os independentistas. Nicole Sanquer e Moerani Frébault, partidários da autonomia, obtiveram vitórias decisivas, consolidando o apoio à continuidade do status quo na região.

Esse cenário se repetiu na Nova Caledônia, onde Emmanuel Tjibaou, aliado da NFP, tornou-se o primeiro independentista eleito desde 1986, em uma eleição marcada por alta participação eleitoral e significativa mobilização política.

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