Pastor de Trump deixa igreja após ser acusado de abuso contra menina de 12 anos

Atualizado em 19 de junho de 2024 às 0:22
Donald Trump e Robert Morris se olhando e falando
Donald Trump e Robert Morris – Reprodução

O pastor evangélico Robert Morris, ex-conselheiro espiritual de Donald Trump, anunciou sua renúncia ao cargo de pastor da Gateway, uma megaigreja sediada em Dallas, Texas, EUA, que ele fundou.

A renúncia veio após acusações de comportamento sexual inadequado, incluindo abuso de uma menina de 12 anos nos anos 1980, conforme relatado pelo jornal britânico The Guardian. O conselho de liderança da igreja confirmou a informação à NBC nesta terça-feira (18).

Em comunicado, os líderes da instituição religiosa afirmaram que inicialmente entenderam o incidente como um relacionamento extraconjugal de Morris com uma jovem, não reconhecendo inicialmente o abuso de uma criança. Expressaram arrependimento por não terem tido informações completas anteriormente e anunciaram a contratação de um escritório de advocacia para revisar as alegações.

“O entendimento anterior dos presbíteros era que o relacionamento extraconjugal de Morris, que ele havia discutido muitas vezes ao longo de seu ministério, era com ‘uma jovem’ e não o abuso de uma criança de 12 anos. Mesmo que isso tenha ocorrido muitos anos antes do estabelecimento da Gateway, como líderes da igreja, lamentamos não ter tido as informações que temos agora”, pontuou o comunicado.

Pastor Robert Morris batendo palmas, sério
Pastor Robert Morris – Reprodução

O pastor admitiu as acusações de abuso sexual em declarações ao Christian Post, reconhecendo ter se envolvido em comportamento sexual inadequado com a vítima quando ele tinha vinte e poucos anos. Segundo ele, em 1987, confessou e se arrependeu diante do conselho da igreja Shady Grove (que posteriormente se tornou parte da Gateway) e do pai da vítima, o que resultou em sua saída temporária do ministério para receber aconselhamento.

Robert Morris afirmou ter retornado ao ministério em 1989 com a aprovação do pai da vítima e do conselho de sua igreja, mas a vítima nega essa versão, afirmando que levou décadas para processar os abusos sofridos na infância.

“Eu tinha 12 anos. Eu era uma garotinha muito inocente. E ele foi trazido para nossa casa. Ele e sua esposa, Debbie, e seu filho, Josh, pregaram na igreja que meu pai ajudou a iniciar. Levou décadas para meu cérebro entender isso depois que me tornei adulta”, lamentou ela, hoje com 54 anos.

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