Pastor é preso acusado de estuprar fiéis no Rio de Janeiro

As vítimas: mulheres entre 20 e 40 anos que cresceram em lares sem a presença paterna

Atualizado em 21 de janeiro de 2024 às 19:13
Ângelo Ventura Siqueira oferecia bebida alcoólica às vítimas para cometer abusos. Foto: Reprodução / Instagram

Ângelo Ventura Siqueira, de 50 anos, ex-pastor da igreja Ministério Terra do Deus Vivo, em Belford Roxo, foi preso sob acusações de estupro de vulnerável e violação mediante fraude no último dia 10. Os crimes teriam sido cometidos entre 2010 e 2021.

A detenção ocorreu após três vítimas procurarem a Delegacia da Mulher de São Gonçalo para relatar os abusos sofridos. Ângelo teria usado sua posição de pastor para atrair e manter as mulheres em silêncio.

A polícia identificou um padrão nas vítimas, mulheres jovens entre 20 e 40 anos que cresceram em lares sem a presença paterna ou com relações familiares fragilizadas. Ângelo se apresentava como um “paistor” (mistura de pai com pastor), oferecendo apoio emocional e pretendendo ser a figura masculina ausente na vida delas. O pastor justificava os abusos como ensinamentos paternos, afirmando ter o “carinho de um pai” por elas.

As vítimas relataram que Ângelo usava encontros em diferentes locais, como sua casa, a igreja, lanchonetes, shoppings, montes e praias (em horários noturnos), para cometer os abusos.

Ele também fazia perguntas íntimas e as acariciava, alegando que aquelas ações não eram “pecado”. Em alguns casos, ofereceu vinho às vítimas, violentando-as em estado de embriaguez. Uma das mulheres afirmou ter sido levada a um motel em um estado alcoolizado, onde foi agredida quando se recusou a ter relações sexuais com o ex-pastor.

Além das três vítimas que denunciaram, a polícia planeja ouvir outras nas próximas semanas, enquanto Ângelo Ventura Siqueira permanece sob custódia. As informações são do jornal O Globo.

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