Nas redes sociais, cresce o clamor por uma CPI das Igrejas Evangélicas, com especial foco na exuberante fortuna acumulada por seus líderes.
Usuários do X (antigo Twitter) estão enfatizando como essas organizações, isentas de impostos, arrecadam milhões em dízimos. Há relatos de igrejas que exigem contribuições substanciais dos fiéis como condição para permanência, sem transparência quanto ao uso desses fundos.
“É espantoso ver como algumas igrejas movimentam quantias exorbitantes. Enquanto os fiéis, muitas vezes em situação financeira precária, doam tudo o que têm, os pastores desfrutam de um estilo de vida luxuoso, viajando para Dubai e morando em mansões”, critica o professor e político Thiago Bagatin em um vídeo viral.
Silas Malafaia, uma das figuras públicas mais abjetas do país, nunca fez questão de mostrar que se deu bem. Imagens de suas viagens a Dubai e detalhes sobre sua opulenta residência estão circulando online. Outro exemplo é o pastor José Wellington Bezerra, flagrado dirigindo uma Mercedes de mais de 1 milhão de reais.
Bagatin também condena o uso político dessas igrejas, enfatizando que a isenção fiscal não deve ser uma ferramenta para ganhos políticos por líderes religiosos. Ele destaca a incoerência de líderes que exploram a busca espiritual dos fiéis para benefício próprio.
Pastor José Wellington bezerra, presidente da assembleia de Deus
Com sua Mercedes de mais de 1milhão pic.twitter.com/PEzHXZNy5S— outfitdotemplo (@outfitdotemplo) January 14, 2024
As redes sociais também têm sido palco de denúncias de ostentação.
O perfil do Instagram Outfit do Templo revela pastores exibindo itens de grife avaliados em até R$ 400 mil. Este perfil, criado em novembro, já acumula 55 mil seguidores e enfrenta ameaças e ofensas por parte de seguidores dos pastores expostos.
Além dos homens, as mulheres líderes religiosas também são conhecidas por exibir riqueza, com acessórios que custam milhares de reais e viagens internacionais a destinos como Paris.
A pastora Viviane Martinello, por exemplo, do Ministério Abba Pai Church, na cidade de Criciúma, Santa Catarina, aparece com um look de R$ 10 mil — só em acessórios.
Não é preciso muito esforço para entender por que eles odeiam o padre Júlio Lancellotti.