Francisco de Assis Castelo Branco, conhecido como “pastor-capeta”, e um grupo restrito de funcionários do Palácio da Alvorada levaram carnes nobres da residência oficial ao fim da gestão de Jair Bolsonaro. O pastor ainda levou todas as “moedas da sorte” que eram jogadas no espelho d’água que decora a frente do palácio. A informação é do portal Metrópoles.
Na primeira visita ao local, Janja e seus auxiliares disseram não ter interesse nos mantimentos perecíveis e que eles seriam deixados na despensa para os funcionários. Ela autorizou que eles dividissem a comida entre si, mas poucos levaram alimentos para casa.
Segundo funcionários, os itens de maior valor, como vinhos, picanha, filé mignon, fardos da camarão e bacalhau, desapareceram. Eles contam que um grupo restrito de funcionários ligados à administração do ex-presidente fizeram a limpa na despensa e não compartilharam com os subordinados.
“No momento de transição, muitas coisas sobraram do governo que saiu. Gêneros, carne, picanha, camarão, aos quais poucas pessoas tinham acesso. Essas coisas foram lacradas e sumiram de lá. Mas era bastante coisa”, relata um funcionário. Ele conta que há “suspeitas” que os alimentos foram levados pelo pastor e pessoas próximas a ele.
O Alvorada tem um espelho d’água onde turistas jogam “moedas da sorte”. O gesto se tornou algo popular como um meio de buscar sorte.
Pouco antes da saída da família Bolsonaro do local, entretanto, funcionários foram ordenados pelo pastor a esvaziar o fosso e juntar milhares de moedas que estavam acumuladas no local.
Segundo relatos, a coleta encheu um balde de 20 litros e Francisco levou as moedas embora, dizendo que as doaria para uma igreja. “Se ele doou ou não, não sei, mas ele falou que era a mando da Michelle”, relata empregado do palácio.