O ministro da Saúde Marcelo Queiroga é o pior tipo de pau mandado porque, como médido, deveria evitar que vidas continuassem sendo desperdiçadas por conta do negacionismo do chefe.
Elogiou no sábado (22) a infectologista Luana Araújo, mas não explicou porque ela não assumirá a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19.
“A doutora Luana é uma pessoa muito qualificada, com currículo excelente. Foi convidada para o cargo, não houve nomeação, e agora procuramos uma pessoa com perfil semelhante ao da doutora para ocupar essa posição”, disse em coletiva.
Ela estava escalada numa secretaria criada para centralizar as ações de combate ao coronavírus.
“Não tem pressão do Palácio do Planalto”, garantiu o cardiologista.
Então por que demitiu, ora?
Porque Bolsonaro quis. Porque ela não é uma imbecil teleguiada que recomenda um remédio ineficaz contra a doença.
Respondendo no Twitter a uma postagem da Associação Médica Brasileira, de julho do ano passado, defendendo o kit covid, Luana foi precisa: “Neocurandeirismo. Iluminismo às avessas. Brasil na vanguarda da estupidez mundial”.
Aconselhou um bolsonarista: “Moço, não confunda Medicina e Política. É isso que lhe faz não ter elementos para raciocinar plenamente sobre o assunto. Não existem ‘estudos em ambos os sentidos’, se soubesse ler um artigo científico, não diria isso. Ditadura é impedir que você raciocine por si. Não caia nessa”.
Rei do pequeno expediente, Bolsonaro vive pedindo a cabeça de gente do segundo escalão que não compartilha de suas “ideias”.
Para ficar apenas num caso, mandou Moro se livrar de Ilona Kaplan num primeiro de vários micos do então ministro da Justiça.
Luana é só a vítima mais recente. Enquanto isso, o genocida passeia de moto no Rio de Janeiro espalhando a morte.