O sincericídio de Paulo Guedes nem choca mais.
Não choca porque o brasileiro nunca confiou nos governos. O fato do eleitor trocar de partido e de candidato a cada eleição como troca de camisa é a prova irrefutável dessa realidade.
Pois veja o que o ministro da Economia falou sobre a alta da energia elétrica.
“Qual o problema de ficar um pouco mais cara por que choveu menos?”
Certa vez Bolsonaro falou algo parecido sobre o preço da carne, lembrando que os produtores de bois estavam enfim realizados – ou seja, fodam-se os prejudicados.
Paulo Guedes e Bolsonaro se merecem e o Brasil que votou neles, é preciso dizer, também.
Bolsonaro isolado
Bolsonaro, o refém do Centrão. Foto: Isac Nóbrega/PRO Centrão está dividido sobre 2022.
O bloco está rachado e parte dele já acredita que Jair Bolsonaro tem poucas chances na próxima eleição.
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O Progressistas, partido de Arthur Lira e Ciro Nogueira, tem apostado que a disputa pode ser resolvida ainda no primeiro turno, segundo o Estadão.
Gilberto Kassab, do PSD, tem a mesma avaliação.
Paulinho da Força, do Solidariedade, também acredita na hipótese de que Bolsonaro não estará no segundo turno, caso haja um.
“Se o Lula souber trabalhar, ampliar, manter a unidade da esquerda – o que é difícil por causa do Ciro – e caminhar para o centro, tem muita chance de ganhar a eleição no primeiro turno”.
O PL, que tem assento na Esplanada dos Ministérios, admite que há obstáculos na campanha de Bolsonaro para 2022.
O presidente da sigla no Rio, Altineu Cortês, apoia a reeleição mas diz que o mandatário precisa fazer mudanças econômicas para se viabilizar.
“Precisamos de um ministro que trate da responsabilidade fiscal, mas que tenha sensibilidade social. Essa sensibilidade social, hoje, infelizmente, o ministro Paulo Guedes tem na sola do pé”, critica o bolsonarista.
Partidos do Centrão querem abandonar Bolsonaro
Alguns membros do Progressistas já consideram que não vale mais a pena apoiar Bolsonaro.
Ex-líder do partido, Eduardo da Fonte, apoia a candidatura de Lula.
Fausto Pinato, da Bahia, diz que a única forma de ser reeleito é parando com as bravatas golpistas.
O PL, que tem cargo na Secretaria de Governo com Flávia Arruda, tem uma ala que apoia também o petista.
Deputado admite que o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, avalia abandonar o presidente.
O mesmo parlamentar afirma que a maioria da bancada apoia o governo.
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