Paulo Guedes fez uma transmissão na última sexta (29) e deixou claro que é contra o reajuste salarial dos professores. O ministro da Economia afirmou que o Brasil ainda vive “período de guerra”. E não vê o menor sentido em um aumento para os docentes. Tal posicionamento irritou aliados do presidente Bolsonaro.
Conforme apurou o DCM, o presidente da República não era favorável ao reajuste. Na opinião dele, o foco deveria ser os policiais federais. Porém, parlamentares do Centrão explicaram que um aumento aos docentes poderia facilitar as negociações para o reajuste da PF.
Após um período de negociação, o chefe do executivo federal concordou com a proposta. Ao conversar com Guedes, escutou reclamações, mas o ministro acatou a decisão do patrão. Só que ele soltou os cachorros na transmissão de ontem, evidenciando sua insatisfação com o assunto.
“Se nós estávamos em home office, nós do funcionalismo, fazendo live, fazendo o distanciamento social necessário do ponto de vista de não forçarmos o sistema hospitalar […]. Se nós estávamos numa situação dessa, não faria o menor sentido os professores, em casa, fazendo aula à distância quando podiam, os alunos também em distanciamento, qual o sentido de pedir reajuste de salário?”, indagou.
Leia mais:
1 – Alunos vão ter que apresentar comprovante de vacinação em escolas, diz Governo de SP
2 – Lava Jato rendeu ganhos 10 vezes maiores para Moro em empresa dos EUA. Por Jeferson Miola
3 – “No que trabalhou para ganhar esse dindim?”, pergunta Lenio Streck a Moro sobre a Alvarez & Marsal
Paulo Guedes irrita aliados de Bolsonaro
Agradar os professores era um grande trunfo do Centrão para alavancar a popularidade de Bolsonaro. Porém, com a frase de Guedes, os parlamentares acreditam que vai prejudicar a imagem do presidente.
“Não sei o motivo de ter ainda um ministro da Economia que joga contra o governo. O presidente reclama das entrevistas do Mourão, mas o Guedes é muito pior. Sempre tem uma alfinetada, alguma palavra criticando as decisões políticas do governo. Muito ruim”, reclamou um senador da base aliada ao DCM.
Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link