O PCC (Primeiro Comando da Capital), uma das maiores organizações criminosas do Brasil, teria “proibido” que usuários de drogas da Cracolândia furtem ou roubem celulares nas proximidades do “fluxo”, como é chamada a aglomeração dos dependentes químicos. A ordem teria partido de integrantes do grupo que atuam na área. As informações são da Folha de S.Paulo.
Pessoas que frequentam o local teriam confirmado o “boato”.
O foco do “veto”, segundo as testemunhas ouvidas pela Folha, é a avenida Rio Branco, local em que há uma grande concentração de usuários de crack, no cruzamento com a rua dos Gusmões. A via é uma das principiais ligações entre o centro e a marginal Tietê. É na Rio Branco, por exemplo, onde ficam a praça e o terminal Princesa Isabel e o Hospital da Mulher, além de comércios.
Testemunhas também disseram que usuários de drogas já foram agredidos após serem flagrados descumprindo a determinação. As agressões servem de exemplo para que outras pessoas não cometam o crime.
Através da ação de proibição dos furtos e roubos, o PCC visa diminuir a quantidade de operações policiais na área. Com a diminuição da presença policial na região, os traficantes teriam seu caminho livre para venderem as drogas, protegendo e aumentando seus lucros oriundos da ação criminosa.
Por mais que não tenham confirmando que a “lei do crime” estaria em vigor, policiais afirmaram que os boatos passaram a circular na região a partir da última quinta-feira (13).
Procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-SP) afirmou, por telefone, que a Polícia Civil desconhece, até o momento, essas informações.