Membros de extrema-direita devem ser expulsos do PDT. Eles fazem parte do movimento Nova Resistência e defendem a chamada “quarta teoria política”. Eles entraram na sigla em 2019.
Raphael Machado, líder do grupo no Brasil, está filiado ao partido. “Liberais de esquerda entraram no PDT para infiltrar suas ideologias em um partido incompatível. Alguns dos nossos entraram no PDT por afinidade ideológica e o fizeram abertamente”, declarou em sua conta no Twitter.
Amaryllis Rezende, vice-líder do Nova Resistência, explicou ao Congresso em Foco que os membros do grupo nunca esconderam seus posicionamentos. Inclusive, Catarina Leiroz, vice-diretora do Nova Resistência no Rio de Janeiro, usou uma camisa do movimento em um evento da sigla em Recife (PE).
“Fico feliz que os simpatizantes da NR no PDT causem polêmica, porque ela é necessária. Logo o trabalhismo terá que escolher: ou assume seu legado anti-imperialista e popular, ou desaparece buscando acompanhar o progressismo histérico de um nicho que nunca lhe deu valor”, escreveu Catarina em suas redes sociais.
A quarta teoria diz que o liberalismo representa a força dos Estados Unidos sobre o mundo. Para enfrentar esse domínio, o grupo defende que haja uma união das ideias socialistas soviéticas com o fascismo. Getúlio Vargas é uma das figuras que inspira o movimento.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, declarou ao Congresso em Foco que os membros do Nova Resistência não continuarão na agremiação. “Há cinco anos aprovamos em nosso partido que é proibida a dupla militância, nenhum filiado pode participar de outro grupo político. Em sendo um grupo de extrema-direita, pior ainda”, explicou.
Ele ainda relatou que não conhece o movimento e que buscará mais detalhes sobre os integrantes que fazem parte do partido. Seu objetivo é “adotar providências imediatas”.