PEC da Bengala: Bolsonaristas e Lira querem tirar ministros do STF por vingança

Atualizado em 16 de novembro de 2021 às 19:21
PEC da Bengala
PEC da Bengala é a vingança de Lira e dos apoiadores de Bolsonaro contra o STF

Arthur Lira e bolsonaristas prometeram que não ficariam quietos após o STF suspender o Orçamento Secreto. Nesta terça (16), a Câmara deu início à tramitação da PEC da Bengala. Essa proposta determina a aposentadoria compulsório de ministros do Supremo e do TCU aos 70 anos. Atualmente, os magistrados são obrigados a saírem da Corte aos 75.

O texto está sendo analisado pela CCJ da Casa e claramente é uma reação do governo contra os ministros. Conforme apurou o DCM, o presidente da Câmara não ficou nem um pouco satisfeito com a suspensão do Orçamento Secreto. Ele tinha dito aos aliados que não deixaria “barato”.

Inicialmente, cogitou-se mexer com o orçamento do Supremo. Porém, bolsonaristas relembraram da PEC da Bengala. Foi daí que surgiu a ideia de diminuir a idade de aposentadoria dos magistrados. Se aprovada, Rosa Weber (73 anos) e Ricardo Lewandowski (73 anos) teriam que deixar o STF no mesmo instante.

A proposta seria votada nesta terça (16) pela comissão, mas a oposição pediu vista. Lira e apoiadores do presidente são acusados de buscarem “vingança”. E, de fato, é mesmo uma vingança.

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PEC da Bengala é a chance de Lira beneficiar ainda mais Bolsonaro

Se o Congresso mexesse no orçamento do STF, a guerra estaria declarada. E os ministros poderiam ser enérgicos. Porém, com a PEC das Bengalas, dois ministros sairiam imediatamente. E, consequentemente, dois nomes seriam indicados pelo presidente Bolsonaro.

Desta forma, os novos magistrados estariam alinhados ao que deseja o governante, segundo a oposição. Kassio Nunes é usado como maior exemplo. Inclusive, Bolsonaro afirmou que o ministro é “10%” dele no Supremo.

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