O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou a Jair Bolsonaro que queria atender ao seu pedido de não prosseguir com a ação que pede a cassação do senador Sergio Moro (União-PR), mas que há um entrave financeiro no caso. Ele diz que a sigla não tem recursos suficientes para pagar pela multa para retirar o processo.
Segundo Valdemar, o partido teria que pagar R$ 1,2 milhão de multa e remunerar o escritório de advocacia que cuida do processo. Ele diz que vai se reunir com o corpo jurídico da sigla nesta terça (16) para buscar uma solução jurídica.
“Nossa vontade é retirar o recurso, mas, caso o PL não recorra, terá que pagar a multa, está em contrato. Atualmente, o PL só conta com a verba do fundo partidário, estamos sem recursos próprios para pagar este valor desde 2023, quando fomos multados em R$ 22,9 milhões pelo ministro (do STF) Alexandre de Moraes”, argumenta o presidente do PL.
Ele está proibido por determinação judicial de conversar com Bolsonaro e os pedidos e mensagens do ex-presidente têm sido repassados a ele por meio de interlocutores.
A decisão de Valdemar de prosseguir com a ação contra Moro surpreendeu o ex-presidente e seus aliados. Bolsonaro chegou a dizer ao ex-juiz que a sigla desistiria do processo em caso de absolvição no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
Moro foi absolvido na primeira instância da Justiça Eleitoral, mas o PL prepara um recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O PT, que também apresentou uma ação que acusa o senador de abuso de poder econômico, também anunciou que vai recorrer.