O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou um grupo de trabalho para passar um pente-fino nas informações do extinto programa Pátria Voluntária, que era liderado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, a criação do grupo atende um pedido do Tribunal de Contas da União (TCU), que já havia apontado indícios de irregularidades no programa em auditoria concluída em março.
A portaria de criação do grupo de trabalho foi publicada nesta quinta-feira (25) no Diário Oficial da União (DOU). O ato público é assinado pela secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior. Vale destacar que ele deverá atuar por um prazo de 90 dias. O período, no entanto, poderá ser prorrogado uma única vez.
O TCU também informou que foi verificado no trabalho de auditoria a “ausência de critérios objetivos e isonômicos para a seleção de instituições sociais beneficiárias dos recursos financeiros privados”. O órgão ainda apontou a falta de publicação dos resultados das avaliações das instituições social no cadastramento, credenciamento e habilitação.
O governo Bolsonaro desviou a finalidade de R$ 7,5 milhões doados especificamente para a compra de testes rápidos da Covid-19 e repassou a verba ao programa liderado pela esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O programa, entretanto, foi extinto em janeiro deste ano, pouco dias após a posse do presidente petista.