“Perdeu, mané”: mulher que pichou estátua do STF é denunciada

Atualizado em 16 de julho de 2024 às 13:11
Estátua da Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), pichada. Foto: Divulgação

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma mulher flagrada pichando a Estátua da Justiça, localizada em frente à Corte, com a frase “perdeu mané” durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Debora Rodrigues foi presa pela Polícia Federal cerca de dois meses depois do incidente.

De acordo com as investigações da operação ‘Lesa Pátria’, Debora Rodrigues enfrenta várias acusações graves, incluindo: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, uso de substância inflamável contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

A denúncia da PGR está sob sigilo. A frase “perdeu mané” escrita por Rodrigues na estátua faz referência à resposta do ministro do STF Luís Roberto Barroso a bolsonaristas que o hostilizaram durante uma viagem aos Estados Unidos em 15 de novembro de 2022.

Luís Roberto Barroso. Foto: Divulgação

O episódio que inspirou a pichação ocorreu em Nova York, quando Barroso foi questionado por um homem sobre se responderia às Forças Armadas e permitiria a exposição do código-fonte das urnas eletrônicas. O manifestante disse: “O Brasil precisa de resposta, ministro”. Barroso respondeu: “Perdeu, mané, não amola”.

Durante a fase do inquérito, a defesa de Debora Rodrigues argumentou que “todos os prazos foram extrapolados sem qualquer justificativa plausível” e que a prisão de mais de 480 dias “ultrapassa o princípio da razoabilidade”.

O advogado de Rodrigues também ressaltou que a transferência de sua cliente para Tremembé, a 229 quilômetros de distância de sua residência no interior de São Paulo, prejudica a proteção integral de seus dois filhos menores de idade.

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