Em entrevista a colunista Marina Caruso, do O Globo, a apresentadora fala do empoderamento feminino, do programa “Saia Justa” e do caso de estupro na adolescência:
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Para os nossos filhos será natural a mulher ganhar mais que o homem, ter mais destaque. Com a nossa geração e a anterior não foi assim. meus pais eram apaixonados, mas se separaram depois que minha mãe se elegeu vereadora. Foi a primeira mulher no cargo em Macaé, na primeira eleição pós-ditadura, em 1982. Não tinha banheiro feminino na Câmara Municipal. Então ela, começou a levar um penico nas plenárias até conseguir que fizessem um banheiro para as mulheres.
O “Saia” é um marco na minha carreira. Entrei em contato com assuntos importantes. Me trouxe conteúdo, informação. Hoje, falo sobre tudo com mais segurança. Sou a Mônica ali, por isso estou no programa há seis anos. Quem faz personagem dura seis meses.
Em um dos programas, você disse que achava ter sido abusada na adolescência. O que houve?
Conforme fomos discutindo o conceito de assédio, fui tomando consciência de que perdi a virgindade num estupro. Eu tinha 15 anos, estava num luau, na praia e transei forçada.
O discurso do empoderamento feminino não te cansa?
Cansa porque está sendo falado à exaustão. Mas são séculos de desigualdade, temos que falar até cansar mesmo.