“Perdi um amigo”: Doria lamenta morte do criminoso de guerra Henry Kissinger

Atualizado em 30 de novembro de 2023 às 12:27
joão doria com fundo escuro e expressão séria
João Doria. Foto: Reprodução

João Doria lamentou a morte de Henry Kissinger, criminoso de guerra e ex-secretário de Estado dos Estados Unidos. Ele, que apoiou ditaduras na América do Sul e tentou transformar o Brasil em um aliado durante a Guerra Fria, foi chamado de “grande amigo” pelo ex-governador de São Paulo.

“Perdi um grande amigo, por quem tinha grande admiração. Henry Kissinger foi o Secretário de Estado dos EUA que moldou a política externa americana durante a Guerra Fria e ganhou prestígio como intelectual, historiador e estudioso das relações internacionais. Ele gostava do Brasil e amava futebol”, afirmou Doria.

Kissinger morreu aos 100 anos nesta quarta (29), em sua residência em Connecticut (EUA). Ele se destacou na década de 1970 como Secretário de Estado e Conselheiro de Segurança Nacional do país durante os mandatos dos presidentes Richard Nixon e Gerald Ford.

Ele ficou conhecido como o principal estrategista americano da segunda metade do século XX e foi um representante do anticomunismo durante a Guerra Fria. Neste período, tentou transformar o Brasil em um aliado e chegou a criar canais secretos de comunicação com o governo do país.

À época, ele ainda apoiou o programa nuclear brasileiro, alegando que o país representava um dos alicerces da política americana na América Latina. O então secretário ainda apoiou o golpe de Augusto Pinochet no Chile contra o presidente Salvador Allende.

Mesmo assim, há 50 anos, Kissinger foi vencedor do Prêmio Nobel da Paz, junto de Le Duc Tho, líder da delegação norte-vietnamita, “por ter negociado um cessar-fogo no Vietnã”. A premiação de 1973 é considerada uma das mais polêmicas de toda a história e gerou a renúncia de dois membros do comitê.

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