Menos de uma hora após a abertura oficial das urnas na Venezuela para a eleição presidencial neste domingo (28), o ditador Nicolás Maduro reiterou que é o único capaz de garantir a paz no país.
O presidente venezuelano afirmou que reconhecerá o veredito das urnas: “Vou respeitar o resultado oficial”
Maduro tem destacado que o órgão eleitoral nacional é soberano, uma indireta às críticas feitas pela oposição, representada por Edmundo González e María Corina Machado.
A principal coalizão opositora tem solicitado que os eleitores permaneçam nos centros de votação até o momento da auditoria das urnas para que possam verificar as atas eleitorais e seus resultados.
Bocas de urna são proibidas no país, e o resultado só é divulgado quando o CNE o decreta. As urnas fecham oficialmente às 19h (18h locais), mas a votação continua até que todos na fila tenham votado. Espera-se que os resultados sejam divulgados apenas na madrugada de segunda-feira.
Maduro também exigiu que não haja interferência externa no pleito. “A Venezuela não interfere nas eleições de nenhum outro país”, disse ele.
Na noite de sábado (27), horas antes da votação, Maduro realizou uma grande reunião com observadores internacionais aliados do chavismo, convocando também os embaixadores em Caracas, incluindo a representante do Brasil.
O encontro, com tom de ato de campanha, embora a campanha oficial tenha terminado no dia 25, foi usado por Maduro para exaltar o chavismo.
Na ocasião, ele criticou novamente o ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ficou incomodado com suas “falas verdadeiras” sobre as eleições no Brasil. Maduro alegou erroneamente que as eleições brasileiras não são auditadas, o que levou o TSE a decidir não enviar mais seus dois técnicos observadores para Caracas.