Segundo o ex-ministro Luiz Marinho, presidente do diretório paulista do PT, a pesquisa sugerida por Márcio França (PSB) para definir uma candidatura única da esquerda em São Paulo transmitiria ao eleitorado a sensação de indecisão e prejudicaria as pretensões eleitorais dos opositores dos governos federal e estadual, representados por Jair Bolsonaro (PL) e Rodrigo Garcia (PSDB).
“Não seria factível. Demonstraria uma dúvida que não existe, colocaria interrogações ao eleitor. Ela enfraqueceria nossas pretensões de consolidar a liderança de colocar o Brasil justo contra esses governos de Bolsonaro e BolsoDoria”, afirma Marinho.
De acordo com a proposta de França, a pesquisa eleitoral consultaria os eleitores a respeito de quem escolheriam para governador e também em quem admitem a possibilidade de votar. O vencedor na somatória dos cenários entre Fernando Haddad e ele seria o candidato da chapa PT-PSB.”
LEIA MAIS:
1- Lula anuncia Alckmin como vice: “Será recebido no PT como um velho companheiro”
2- PT estipula data para aprovar Alckmin como vice de Lula
3- PT entra com representação contra deputado que ameaçou Lula
Pesquisa com eleitorado paulista tem agradado o PT
De acordo com dados do Datafolha, divulgados na última quarta-feira (6), o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) lidera a corrida para o Governo de São Paulo.
O instituto ouviu 1.806 moradores de 62 cidades paulistas nesta terça (5) e quarta (6). A margem de erro do levantamento, registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número SP-03189/2022, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O cenário mostra que Haddad tem 29%, França tem 20%, o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) 10%, e o agora governador Rodrigo Garcia (PSDB), 6%, empatados no limite da margem de erro.
Abaixo, temos o ex-prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth (PSD) e o deputado federal Vinicius Poit (Novo) com 2%, também empatados com Rodrigo. já o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (PMB) e o metroviário Altino Junior (PSTU) estão com 1%. Brancos, nulos ou nenhum somam expressivos 23%, e 7% dizem não saber em quem vão votar.
Esse cenário tem sido visto como interessante pelo PT, pois daria dois palanques para Lula (Haddad e França) e colocaria obstáculos para o crescimento visto como inevitável de Rodrigo, que acaba de assumir o governo, no campo à direita.