O doutor em Química Orgânica Médica, Saulo Capim, de Alagoinhas, juntamente com uma equipe pesquisadores, desenvolveu um creme-gel à base de propriedades da mangabeira para auxiliar na cicatrização de ferimentos. O produto é feito a partir do látex natural da planta e se inclui no projeto de tecnologia chamado Cicatribio. O medicamento consegue cicatrizar os ferimentos entre dois e 10 dias.
Segundo o químico, o projeto, desenvolvido dentro da startup Cicatribio, criada em 2022, poderá ser utilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Capim explica que, em média, 485 mil pessoas têm algum ferimento difícil de cicatrizar, no País. “Esse problema causa altos custos ao SUS, pois o tratamento de feridas requer uma série de procedimentos e acompanhamento de profissionais. Então, o Cicatribio irá contribuir com a saúde da população”, explica.
O produto vem acompanhado de um aplicativo que, por meio de inteligência artificial, realiza análises e medição da ferida. O usuário baixa o app, cadastra os dados e as imagens dos ferimentos. Assim, ele pode acompanhar o avanço da cicatrização de forma personalizada e em tempo real. Para acessar o software, que se chama Cicatribiovet, o usuário necessitará de um Qrcode que virá na embalagem.
A expectativa de Saulo é comercializar o Cicatribio até o final de 2023. A tecnologia tem a colaboração de pesquisadores do Instituto Federal Baiano (IFBaiano), da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Também conta com o aporte financeiro do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e foi uma das aprovadas pelo Edital Centelha, da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb). A equipe é composta por Saulo Capim, André Rezende, Ana Luiza de Souza, Isis Beatriz de Souza, João Pedro Oliveira, Itila Maykely, Jane Lima e Bruno Marinho.
Com informações da Ascom/Secti