Pessimismo: campanha de Bolsonaro reconhece que última cartada antes do 2° turno teve efeito reverso

Atualizado em 27 de outubro de 2022 às 17:33
Bolsonaro em debate da Band
Foto: Reprodução

A avaliação dos integrantes da campanha de Jair Bolsonaro (PL) é de que a tentativa de criar um fato político na reta final da campanha, com a alegação de que rádios estavam deixando de exibir inserções da propaganda eleitoral do presidente, teve efeito reverso ao esperado, segundo a coluna de Gerson Camarotti, no g1.

É reconhecido por Líderes do Centrão e aliados de Bolsonaro que a estratégia demonstrou um discurso de derrota na reta final. Isso porque, se realmente houvesse um clima de otimismo, não teria essa busca por um pretexto para alegar irregularidades nas eleições, faltando apenas quatro dias para o segundo turno.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não abriu a investigação pedida pela coligação de Bolsonaro. Ficou entendido pela corte que a alegação de irregularidade não tinha nem mesmo “documentação crível”.

Um aliado do presidente disse à coluna que, apesar de a cortina de fumaça ter desviado da campanha a repercussão do caso Roberto Jefferson, que atacou a Polícia federal ao receber ordem de prisão, a cartada das rádios não trouxe credibilidade e nem teve a adesão de eleitores que era esperada.

“Serviu para alimentar a bolha nas redes sociais, mas não serviu para virar votos de indecisos e de eleitores de centro, o que seria fundamental nesta reta final de campanha”, disse o interlocutor do presidente.

Existe um reconhecimento interno na campanha de que a tentativa também evidenciou o “modo desespero”, ao criar um fato novo, mas que não mobilizou nem mesmo o Centrão.

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