Petistas dizem que hacker da Vaza Jato “quer falar” em CPMI mesmo após pedido de silêncio

Atualizado em 17 de agosto de 2023 às 9:52
Walter Delgatti Neto, o hacker da Vaza Jato. Foto: Reprodução

Governistas estão otimistas de que Walter Delgatti Neto, o hacker da Vaza Jato, irá responder as perguntas na CPMI do 8 de Janeiro, nesta quinta-feira (17), mesmo após o pedido de seus advogados para garantir o direito de “silêncio absoluto”.

Aliados do governo Lula na comissão de inquérito afirmaram que Delgatti “quer falar” e que esperam que ele responda algumas perguntas consideradas “chave” para o entendimento dos atos terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília, no dia 8 de janeiro. A informação é do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.

Governistas lembram que o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, fez o mesmo pedido que a defesa de Delgatti ao STF e, mesmo assim, respondeu as perguntas dos parlamentares na oitiva.

O hacker Walter Delgatti Neto e a deputada bolsonarista Carla Zambelli. Foto: Reprodução

A base governista deve questionar o hacker sobre sua relação com a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), que teria pago Delgatti para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e emitir informações fraudulentas, como mandados de soltura e prisão falsos.

Durante depoimento na última quarta-feira (16), o hacker reafirmou à PF que recebeu dinheiro de Zambelli para invadir qualquer sistema do poder Judiciário. Segundo seu advogado, Ariovaldo Moreira, o valor foi de R$ 40 mil, pagos uma parte em espécie e outra por transferência bancária.

Também deverão ser feitas perguntas sobre encontros com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), admitidos pelo próprio hacker, além de mais detalhes das supostas reuniões que ele teve no Ministério da Defesa.

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