O presidente da Argentina, Javier Milei, propôs cobrar uma taxa de alunos estrangeiros que estudam em universidades do país. A cobrança faz parte das medidas anunciadas pelo líder argentino para economizar dinheiro.
A taxa será aplicada para estudantes estrangeiros com residência temporária no país – ou seja, após a conclusão dos estudos, devem retornar aos seus países de origem.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou nesta sexta-feira (29) que o governo vai repatriar 20 mil estudantes colombianos que estudavam gratuitamente na Argentina.
“[Eles] foram literalmente expulsos desse país [da Argentina], para eles não houve a chamada ‘liberdade’. Vamos trabalhar para que eles sigam com seus estudos na Colômbia sem grandes obstáculos e também gratuitamente”, escreveu o presidente colombiano no X (antigo Twitter).
Recibiremos 20.000 estudiantes colombianos que se educaban gratuitamente en Argentina.
Literalmente son expulsados de ese país, para ellos no hubo la llamada "libertad".
Vamos a gestionar para que puedan continuar sus estudios en Colombia sin mayor obstáculo y tambien de manera… https://t.co/aEdfCnThux
— Gustavo Petro (@petrogustavo) December 29, 2023
A referência à “liberdade” na declaração de Petro é uma indireta às posições ultraortodoxas e libertárias de Javier Milei.
De acordo com o jornal “La Nación”, os dados mais recentes sobre estudantes estrangeiros na Argentina são de 2021.
Ao todo, 2,73 milhões de alunos estão matriculados no ensino superior, 117,8 mil são estrangeiros (4,3% do total). A maioria (95,9%) desses estudantes é são da América Latina.
Na Universidade de Buenos Aires, uma das mais importantes do país, a porcentagem de estrangeiros em cursos de graduação é de 9,5%, e 16,5% nos cursos de pós.