No mais recente balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira (7), a Petrobras (PETR4) anunciou um lucro líquido recorrente de R$ 41 bilhões no quarto trimestre do ano passado. Isso representa uma queda de 6,3% em relação ao mesmo período de 2022. No entanto, o resultado superou as projeções do mercado, que estimavam um lucro de R$ 35,5 bilhões, conforme apontado pela pesquisa LSEG.
Ao longo do ano, a Petrobras registrou um lucro líquido recorrente de R$ 136 bilhões, refletindo uma redução de 24,2% em comparação com o ano anterior. O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado totalizou R$ 66,9 bilhões entre outubro e dezembro, registrando uma queda de 8,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Jean Paul Prates, presidente da estatal, enfatizou que esses resultados foram alcançados mesmo diante de desafios globais, como a queda de 18% no preço do petróleo Brent, utilizado como referência pela Petrobras.
Ele destacou os recordes de produção, o aumento dos investimentos e a redução da dívida financeira, além da operação de quatro novas plataformas no primeiro ano de gestão, tudo isso com uma menor intensidade de emissões e maior eficiência.
Embora os resultados tenham sido positivos, as ações da companhia registraram uma queda de 1,1% no Ibovespa durante esta sessão, contribuindo para a diminuição do índice do mercado doméstico em 0,43%.
Além dos resultados financeiros, o mercado aguarda possíveis mudanças na política de dividendos da empresa após comentários recentes do presidente Jean Paul Prates. No final de fevereiro, o CEO indicou uma postura mais conservadora em relação à remuneração aos acionistas, o que causou uma queda significativa nas ações. No entanto, a empresa esclareceu que ainda não tomou decisões definitivas sobre a política de dividendos.
A Petrobras anunciou que seu conselho de administração autorizou o envio à Assembleia Geral Ordinária (AGO), programada para 25 de abril de 2024, da proposta de distribuição de dividendos no valor de R$ 14,2 bilhões. Se aprovados, somados aos dividendos antecipados ao longo do exercício, os dividendos totais de 2023 alcançarão R$ 72,4 bilhões, ajustados pela Selic.