A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), a plataforma vital para a gestão financeira do governo federal do Brasil.
Durante o último mês de abril, foram detectados acessos não autorizados ao Siafi, levando a suspeitas de emissões indevidas de ordens de pagamento e até mesmo desvios de recursos. As investigações sugerem que usuários autorizados podem ter tido suas credenciais comprometidas, permitindo acesso não autorizado ao sistema.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que a invasão foi realizada por um usuário com acesso legítimo ao sistema, destacando preocupações sobre a autenticação de acesso. “Não foi a ação de um hacker sobre o sistema, foi um usuário comum, que já tem acesso ao sistema”, esclareceu o ministro.
Segundo o petista, a investigação está focada na autenticação dos acessos ao sistema, buscando entender como um indivíduo não autorizado conseguiu acesso utilizando credenciais autenticadas. As investigações, conduzidas em sigilo pela Polícia Federal em colaboração com o Tesouro Nacional, têm o objetivo de identificar os responsáveis por essa violação.
“Como alguém teve acesso tendo sido autenticado. É isso que a PF está apurando e está rastreando para chegar nos responsáveis”, reforçou Fernando Haddad.
Enquanto isso, o Tesouro Nacional tranquilizou o público, afirmando que as tentativas de operações fraudulentas foram detectadas a tempo, sem causar danos à integridade do sistema. Medidas adicionais foram implementadas para reforçar a segurança, e o Tesouro está colaborando plenamente com as autoridades.
O Siafi desempenha um papel crucial na gestão financeira do governo federal brasileiro, registrando a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil de diversos órgãos e entidades públicas. A gravidade deste incidente destaca a necessidade contínua de medidas robustas de segurança cibernética e controle de acesso em sistemas governamentais.