O ex-presidente Jair Bolsonaro, seus ajudantes de ordens e seu advogado, Frederick Wassef, cometeram os crimes de peculato e enriquecimento ilícito, segundo investigadores da Polícia Federal. Segundo relatório da corporação, ele atuou em “conluio” para ganhar dinheiro de maneira ilegal. A informação é da coluna de Guilherme Amado no Metrópoles.
A PF diz que as mensagens trocadas entre Bolsonaro e seus ex-assessores mostram que havia “um esquema de peculato para desviar ao acervo privado do ex-Presidente da República, Jair Bolsonaro, os presentes de alto valor recebidos de autoridades estrangeiras, para posterior venda e enriquecimento ilícito do ex-Presidente”.
O trecho é do relatório que deu origem aos pedidos de busca e apreensão contra Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Barbosa Cid; o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef; e o ex-assessor Osmar Crivelatti.
Investigadores apontam que a venda de presentes configura desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao ex-presidente “ou agentes públicos a seu serviço”. Por isso, a ocultação desses itens teria como objetivo enriquecimento ilícito.
O relatório ainda avalia que Marcelo Camara, outro ajudante de ordens, e Mauro Cid tinham ciência de que os bens teriam restrições legais para vendas.