PF apura uso de softwares estrangeiros para espionar Alexandre de Moraes

Atualizado em 11 de julho de 2024 às 22:02
Alexandre de Moraes. Foto: Divulgação

A Polícia Federal (PF) está investigando integrantes de uma suposta “Abin paralela” durante o governo de Jair Bolsonaro, suspeitando que tenham utilizado softwares clandestinos para monitorar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Essa investigação vem à tona através de um pedido de prisão relacionado ao esquema criminoso. Segundo relatórios, investigadores da PF descobriram trocas de mensagens entre servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Alexandre Ramagem.

As mensagens mencionam o uso de um software “paralelo”, cujo acesso exigia pagamento em moeda estrangeira, como dólar ou euro. A conversa ocorreu via WhatsApp em junho de 2020 entre Marcelo Bormevet, agente da PF com contato direto com Ramagem, e o militar Giancarlo Rodrigues, subordinado de Bormevet.

Relatório da PF no caso da Abin paralela. Foto: Reprodução

Giancarlo discutiu sobre o “software paralelo” após enviar a Bormevet um dossiê contendo informações sobre o ministro Moraes. A PF conseguiu recuperar o arquivo, que tenta conectar Moraes a um delegado de polícia investigado por corrupção.

A utilização de sistemas ilegítimos pagos em moeda estrangeira levanta questões sobre a legalidade das operações da “Abin paralela”. A PF destaca que não há certeza sobre qual software específico foi utilizado por Giancarlo para monitorar o ministro do STF.

A investigação também sugere uma possível ligação com o inquérito das fake news conduzido pelo STF, especialmente considerando que o compartilhamento do documento ocorreu no mesmo dia em que a Suprema Corte deliberava sobre a legalidade do inquérito.

Chegamos ao Blue Sky, clique neste link
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link