PF decide indiciar advogado de Bolsonaro no caso das joias

Atualizado em 24 de junho de 2024 às 15:54
Fabio Wajngarten é assessor e advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Ex-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social), advogado e assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten será indiciado pela Polícia Federal no inquérito que investiga a venda ilegal de joias recebidas de presente. A investigação está prestes a ser concluída. A informação é da coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.

Os pedidos de indiciamento contra Bolsonaro, Wajngarten e outros auxiliares devem ser oficializados entre esta segunda (24) e amanhã (25). Além da dupla, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, também devem ser incluídos na lista.

Wajngarten afirmou que é vítima de “perseguição política” e negou envolvimento com o caso. “Não pode ter qualquer indício contra mim. Eu soube da venda das joias pela imprensa. Só, e apenas aí, é que entrei no caso para cuidar da área de comunicação”, afirmou o auxiliar de Bolsonaro.

O advogado Frederick Wassef afirmou em depoimento à Polícia Federal que foi Wajngarten quem lhe pediu para recomprar um relógio Rolex vendido por auxiliares de Bolsonaro nos Estados Unidos após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para devolver os itens.

PF deve concluir inquérito sobre as joias em breve. Foto: Reprodução

A corporação também avaliou indiciar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no caso, mas concluiu que não foram encontradas “digitais” dela nas negociações os itens. O inquérito investiga enriquecimento ilícito e a apropriação ilegal de patrimônio público.

Em depoimento à PF na semana passada, Cid explicou como foi feita a transferência dos valores dos itens vendidos a Bolsonaro e afirmou que fez a entrega por meio de dinheiro em espécie.

Ao mesmo tempo em que estuda os indiciamentos, a PF se aprofunda na investigação de uma nova joia descoberta durante diligências nos Estados Unidos. O diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, afirmou que a descoberta  “robustece” as apurações do caso.

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