A Polícia Federal (PF) apreendeu nesta quinta-feira (29) 77 armas de fogo e mais de R$ 800 mil em espécie durante a Operação Lesa Pátria. O confisco ocorreu enquanto os agentes federais cumpriam um mandado de busca e apreensão em Palmas (TO).
Durante a operação, os agentes da PF encontraram maços de 126 mil dólares, 20 mil euros e R$ 104 mil. Já o arsenal envolvia fuzis, espingardas, carabinas, pistolas e revólveres.
A 25ª fase da operação Lesa Pátria visa os financiadores e organizadores dos atos golpistas de 8 de janeiro e dos acampamentos montados em frente aos quartéis do Exército.
Ao todo, a PF cumpriu três mandados de prisão preventiva e 24 de busca e apreensão em oito estados – Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.
Polícia Federal encontrou mais de 80 armas com alvo da Operação Lesa Pátria no Tocantins. Na residência do “patriota cidadão de bem” também foram encontrados US$ 110 mil e € 26 mil. pic.twitter.com/wxFUcLGlbP
— Lázaro Rosa ?? (@lazarorosa25) February 29, 2024
Os principais alvos da operação são os empresários Joveci de Andrade e Adauto de Mesquita, donos de uma rede atacadista no Distrito Federal. Ambos foram indiciados pela CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de janeiro como financiadores dos atos antidemocráticos.
A PF suspeita que a dupla tenha contratado um trio elétrico e fornecido alimentos, água e banheiros químicos ao acampamento bolsonarista montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
Em São Paulo, o empresário Diogo Arthur Galvão, que divulgou seu PIX para levantar recursos para uma caravana que partiu de Campinas (SP) à capital federal, foi preso. Ele é filho de Argemiro Galvão, ex-prefeito de Santana da Vargem, cidade ao sul de Minas Gerais.
Em suas redes sociais, o empresário ainda falou em preparação de “guerra” e chamou o ato de “tomada de Brasília”. Segundo as investigações, ele também gravou vídeos de dentro dos prédios públicos invadidos no ato golpista.
As ações foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os alvos são suspeitos dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.