André Luiz, bolsonarista que sugeriu uma “vaquinha” para pagar um mercenário e assassinar o presidente Lula nas redes sociais, foi alvo da Polícia Federal nesta terça (6). Agentes deflagraram a Operação Eco, que investiga a prática de ameaça e incitação ao crime contra o petista.
A Delegacia de Crimes Fazendários (Delefaz) foi a responsável pela operação e cumpriu ordens judiciais expedidas pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Linhares (ES). O celular e o computador do investigado foram apreendidos em sua casa na cidade de Aracruz (ES).
Segundo a PF, ele colaborou com os agentes e admitiu ter feito as publicações nas redes sociais. O post foi feito no X (ex-Twitter) em dezembro de 2023. Na ocasião, ele incitou o assassinato do presidente ao comentar uma notícia compartilhada pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
“Precisamos fazer uma vaquinha para pagar um mercenário com um rifle de precisão”, escreveu o bolsonarista. Logo depois, o então secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou que enviaria um ofício à PF para investigar a ameaça ao petista.
O bolsonarista imediatamente se arrependeu e disse estar sendo vítima de “perseguição política”. “Eu errei? Sim! Eu contaria um mercenário para eliminar um Presidente da República? Não, afinal gastaria o dinheiro em outra coisa”, escreveu.
Em janeiro do ano passado, um bolsonarista de 23 anos foi preso pela PF por incentivar o assassinato do presidente. Na ocasião, o apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro sugeriu que uma viagem do petista a Roraima seria “a hora de colocar a bala na cabeça dele”.