A Polícia Federal vai indiciar o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, como o mentor dos bloqueios feitos pela Polícia Rodoviária Federal, em estradas do Nordeste, no dia do segundo turno das eleições. O objetivo das ações seria impedir que eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegassem aos locais de votação.
O depoimento de Torres já foi adiado uma vez, pois a defesa alegou piora no estado de saúde do ex-ministro, que passou por avaliação psiquiátrica para constatação de crises de ansiedade e quadros depressivos. Em nova data marcada, o bolsonarista deverá depor no dia 8 de maio.
Além de constatar que o Torres tenha atuado como “mentor” da PRF, a Polícia Federal encontrou provas de que os auxiliares do ex-ministro fizeram levantamentos para embasar e apontar onde cada bloqueio devesse acontecer. O ex-ministro também teria ido à Bahia pedir diretamente para o chefe local da PF que auxiliasse as operações nas estradas. O pedido foi negado.
Anderson Torres está preso desde 14 de janeiro pela participação nos atos golpistas, seu celular, documentos e arquivos estão sendo analisados pela PF em busca de mais indícios. O próximo passo das investigações é apurar a participação de Jair Bolsonaro (PL) nas ações no segundo turno. O ex-presidente já prestou dois depoimentos desde que voltou dos Estados Unidos, em que teve que responder, além dos bloqueios, sobre vídeo postado no 8 de janeiro.
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