A Polícia Federal decidiu iniciar uma investigação sobre as ameaças de morte direcionadas ao deputado federal e pré-candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP), conforme informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
O inquérito foi instaurado após Boulos encaminhar uma representação ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues.
Diante do aumento das ameaças, Boulos optou por uma medida de segurança adicional: não utilizará mais o conhecido veículo Celta para se deslocar pela cidade.
Durante a campanha, Boulos utilizará exclusivamente um carro blindado, uma decisão tomada após consultas a pessoas de sua confiança na área de segurança, que identificaram um potencial risco à sua integridade física.
Os advogados de Boulos explicaram em documento enviado à PF que optaram por acionar a instituição em vez da Secretaria de Segurança de São Paulo (SSP-SP), pois “um dos potenciais autores dos delitos é integrante das forças de segurança pública estadual”.
Além disso, destacaram que o atual secretário de Segurança, Guilherme Derrite, é um opositor conhecido do campo político do peticionário e de Boulos.
A defesa de Boulos ressalta que, embora ele já estivesse acostumado a ser alvo de xingamentos e ofensas nas redes sociais, as recentes mensagens recebidas assumiram contornos mais preocupantes.
Entre as mensagens, destacam-se algumas com conteúdo ameaçador, como’tu vai morrer miserável’, ‘faça um favor para o Brasil: MORRA!’, ‘que vontade de dar na tua cara seu filho da puta’, ‘filho da puta sai na rua seu arrombado você vai sofrer muito desgraça alheia’, ‘ta fudido’, ‘vai morrer’, ‘se falar mais merda vou ter que te levar pro inferno’, ‘meu sonho é te pegar na porrada’ e ‘vou fazer de tudo para acabar com esse vagabundo invasor'”.