PF investiga Romário e diretor do Flamengo em esquema de corrupção; entenda

Atualizado em 27 de maio de 2024 às 6:43
O senador Romário. (Foto: Reprodução)

O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) estão investigando o senador Romário (PL-RJ) e o vereador Marcos Braz (PL), diretor do Flamengo, por um esquema de corrupção. A denúncia contra os políticos veio de uma delação premiada do empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva, que está colaborando com as autoridades.

O inquérito foi aberto no início deste mês no STF (Supremo Tribunal Federal) para apurar as acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O caso está sob a relatoria do ministro Kassio Nunes Marques e é mantido sob sigilo.

As investigações começaram com base na delação de Marcus Vinícius, que foi preso em 2019 por desviar recursos de projetos sociais do governo e da Prefeitura do Rio de Janeiro. No ano seguinte, ele assinou um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República), que lhe permitiu responder ao processo em liberdade.

Segundo o delator, Marcos Braz era o responsável por recolher os valores desviados para “favorecimento ilícito de Romário”. Ele alega que Braz utilizava uma ONG para realizar esses desvios durante o período em que comandava a Secretaria Municipal de Esportes do Rio, cargo indicado por Romário.

O vereador do Rio de Janeiro Marcos Braz. Ele também é diretor do Flamengo. (Foto: Reprodução)

Esquema de superfaturamento 

Os contratos da Secretaria de Esportes com a ONG Cebrac (Centro Brasileiro de Ações Sociais para Cidadania) são alvo das investigações. O MPF solicitou informações sobre contratos totalizando R$ 13 milhões, que foram utilizados para a gestão de vilas olímpicas.

De acordo com o delator, o dinheiro desviado vinha de serviços superfaturados pagos à ONG. Marcus Vinícius afirmou que os desvios se davam por meio do pagamento de valores superiores aos serviços prestados pela entidade.

O que dizem os acusados

Romário se defendeu das acusações em nota enviada ao Uol, alegando que a delação “possui narrativa vaga e imprecisa”. Ele reafirmou sua confiança na Justiça e espera o arquivamento da investigação.

Marcos Braz, informado sobre a investigação, demonstrou surpresa e preferiu não se manifestar. O UOL não teve acesso a provas apresentadas por Marcus Vinícius, que estão sob sigilo e ainda em análise pela PF e MPF.

Quem é Marcus Vinícius e outros envolvidos

O empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva, que delatou o esquema, tem um histórico de envolvimento em desvios de recursos de projetos sociais. Ele foi preso em 2019 na Operação Catarata, que investigava desvios na Fundação Leão 13.

Além de Romário e Braz, o delator mencionou Marcos Antônio Teixeira, conhecido como Marcos San, ex-assessor parlamentar de Romário. San negou qualquer envolvimento com a ONG citada e afirmou que sua menção deve ser um grande engano.

A investigação segue em curso, e se constatado que Marcus Vinícius mentiu em sua delação, ele poderá ter seu acordo de colaboração rescindido e enfrentar uma pena de até quatro anos de prisão. A defesa do delator não quis se pronunciar sobre o caso.

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