PF investiga se Bolsonaro catalogou joias como bens pessoais ao deixar Presidência

Atualizado em 7 de março de 2023 às 16:43
Montagem de fotos de Jair Bolsonaro e conjunto de joias
Conjunto de joias entregue ao governo de Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução

A Polícia Federal vai investigar se o ex-presidente Jair Bolsonaro catalogou as joias recebidas em outubro de 2021 como bens pessoais ao deixar a Presidência. O conjunto composto por relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, ao contrário dos itens que seriam para Michelle Bolsonaro, não foi apreendido pela Receita Federal. A informação e do blog de Andréia Sadi no g1.

Segundo Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia, as joias passaram pela alfândega sem problemas e ficaram guardadas até serem entregues ao acervo do Palácio do Planalto ao fim do governo Bolsonaro. A PF quer saber se elas de fato ficaram ou se foram levadas pelo ex-presidente.

Quando o chefe do Executivo deixa o governo, é necessário fazer uma espécie de inventário com o que está sendo levado e só é permitido retirar itens personalíssimos ou de consumo, como perfumes, roupas ou alimentos. Joias não entram nessa lista.

Auxiliares de Bolsonaro já relataram que o ex-presidente ganhou uma série de presentes de outros países que nunca declarou.

A Receita também vai investigar esse segundo pacote que chegou no Brasil. O órgão quer apurar se houve irregularidades na entrada dos itens da marca suíça de diamantes Chopard e diz que o caso pode ter violado a legislação “por falta de declaração e recolhimento dos tributos”.

“A Receita Federal tomará as providências cabíveis no âmbito de suas competências para a esclarecimento e cumprimento da legislação aduaneira, sem prejuízo de análise e esclarecimento a respeito da destinação do bem”, afirma o órgão.

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