Além de pedir autorização de busca e apreensão contra o senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES), a Polícia Federal solicitou que ele fosse afastado de seu cargo. Investigadores identificaram que o parlamentar estava tentando atrapalhar as apurações sobre os ataques terroristas de 8 de janeiro. A informação é do portal Metrópoles.
A solicitação da corporação não foi aceita pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado autorizou somente busca e apreensão contra o senador, nesta quarta (14).
Agentes atuaram em endereços ligados ao bolsonarista: apartamento funcional em Brasília, gabinete no Senado Federal e em ao menos uma residência no Espírito Santo. A operação foi feita no âmbito de inquérito que apura a prática dos crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação por revelar suposto plano para dar golpe de Estado.
Ele afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou coagi-lo para tentar “dar um golpe de Estado junto com ele”. Logo depois, recuou e disse que o então mandatário apenas “ouviu” a estratégia, que seria de autoria do ex-deputado Daniel Silveira.
O plano dos bolsonaristas, segundo Marcos do Val, era participar de uma reunião com Moraes, gravar uma fala comprometedora e usar o áudio como uma admissão de irregularidade nas eleições para evitar a posse de Lula.