A Polícia Federal prendeu neste sábado (17) um policial militar da reserva e mais três suspeitos por “associação criminosa” na organização dos atos golpistas em Rondônia após vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Hoje, foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão. A PF e o Ministério Público miram uma organização em Colorado Oeste, em Rondônia.
De acordo com a PF, foi suspenso o direito ao porte e posse de arma aos investigados. “Alguns dos envolvidos que possuíam licença de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) tiveram sua autorização suspensa e o respectivo armamento e munições foram recolhidos”, diz a corporação.
Os 50 policiais que participaram da operação apreenderam nove armas, seis aparelhos telefônicos e 300 munições de diferentes calibres.
“O material arrecadado será analisado para identificar outros envolvidos, sobretudo, possíveis financiadores do grupo criminoso”, conforme a PF.
O PM, empresários e produtores rurais entraram na mira da PF por coagirem cidadãos a aderirem aos protestos. A Operação Eleutéria teve início após depoimento de comerciantes, caminhoneiros e autônomos “que foram constrangidos pelos líderes da manifestação realizada na cidade por pessoas inconformadas com o resultado da eleição”.
Além da constatação de que comerciantes foram obrigados a demonstrar apoio à manifestação, outros abusos foram cometidos, como coação a servidor que foi à manifestação averiguar irregularidades; população local cerceada do acesso a bens de consumo essenciais; e estudantes que tiveram o acesso às escolas prejudicado.