A Polícia Federal (PF) tem tentado ligar Antonio Palocci e o PT aos hackers que capturaram as conversas de Sergio Moro e Deltan Dallagnol. Documentos mostram que a corporação tenta desvendar a identidade de um mandante ou financiador do ato que resultou na Operação Spoofing.

Um grupo de agentes da PF no Distrito Federal tenta emplacar a tese de que o ex-ministro petista teria oferecido R$ 300 mil em troca das mensagens. A história se baseia no depoimento de um jovem de 19 anos, segundo o documento obtido pela Carta Capital.

Luiz Henrique Molição passou meses preso e teve o benefício da prisão domiciliar após delatar amigos e o “mandante petista”. O mais jovem indiciado pelo caso aponta Walter Delgatti Neto e Thiago Eliezer como chefes de uma suposta “quadrilha”.

Segundo ele, “as invasões tiveram início para obter material que pudesse beneficiar Antonio Palocci Filho em possível negociação de acordo de delação premiada”.

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PF liga falsa “sobrinha de Palocci” a hackers

A PF diz que Luanna Costa, uma “sobrinha de Palocci” seria a conexão entre o ex-ministro e Delgatti. No entanto, posteriormente a corporação descobriu que não existe parentesco. Mesmo assim, o Núcleo de Análise da polícia produziu um relatório de três páginas sobre Luanna.

Os agentes chegaram a colocar uma escuta na cela de um dos indiciados, Eliezer, para tentar colher provas, mas sem sucesso.

Além do depoimento do jovem, não existe nenhuma outra evidência que aponte o Palocci como mandante do crime. A PF também não o acusou formalmente.