Agentes da Polícia Federal têm estudado determinar medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro após ser revelado que ele passou dois dias na embaixada da Hungria no Brasil após ter seu passaporte apreendido na operação Tempus Veritatis, deflagrada pela corporação no dia 8 de fevereiro.
Segundo o jornalista Túlio Amâncio, da Band, é provável que a PF mande ele utilizar tornozeleira eletrônica. Um pedido de prisão preventiva não é descartado atualmente por investigadores, mas eles avaliam que não é hora de “queimar” uma ordem do tipo.
⚠️IMPORTANTE: Depois do caso da embaixada da Hungria, PF estuda solicitar medidas cautelares contra Bolsonaro. Tornozeleira eletrônica é a mais provável.
Investigadores não descartam, mas dizem que ainda não é hora que "queimar" uma prisão preventiva.— Túlio Amâncio (@tulio_amancio) March 25, 2024
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) também tem discutido uma possível ordem de prisão preventiva contra o ex-presidente após o caso. Magistrados avaliam, no entanto, que o tema deve ser analisado com cautela e que sua detenção poderia transformá-lo em uma espécie de vítima para seus apoiadores.
Para magistrados, o episódio pode sinalizar uma tentativa de evasão do país e justificaria um pedido de prisão preventiva. Sua defesa, no entanto, alega que ele se hospedou no local para “manter contato com autoridades do país amigo”.
As imagens que mostram o ex-presidente chegando na embaixada da Hungria foram reveladas pelo jornal americano New York Times, que mostrou que ele passou duas noites no local, entre os dias 12 e 14 de fevereiro. A suspeita é que ele tenha pedido asilo político na ocasião.
Membros da PF já afirmam nos bastidores que pretendem apurar as circunstâncias da hospedagem do ex-presidente no local. Investigadores suspeitam que ele tentou se esconder da corporação, já que embaixadas são consideradas parte do território do país que representam.