PF solicitou busca de celular para preservar provas de suposta ofensa de Moraes; entenda

Atualizado em 19 de julho de 2023 às 19:27
Andréia Munarão, Alex Zanatta Bignotto e Roberto Mantovani Filho. Foto: Reprodução

A Polícia Federal solicitou a busca dos celulares do grupo de brasileiros que atacou Alexandre de Moraes no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, para evitar destruição de provas. A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a apreensão dos aparelhos seria para preservação de “material probatório”. A informação é do jornal O Globo.

Na decisão, a magistrada citou manifestação da Procuradoria-Geral da República que menciona documentos, arquivos eletrônicos, mídia e aparelhos celulares dos investigados por agressões e ofensas.

“No caso, consoante objetivamente exposto pela Procuradoria-Geral da República – em absoluta consonância com o teor da representação veiculada pela Polícia Federal -, há elementos a autorizarem as medidas investigatórias urgentes pleiteadas”, afirmou Weber.

A Polícia Federal citou o depoimento de Alex Zanatta, genro do empresário Roberto Mantovani Filho e de sua mulher, Andréia Munarão, ao solicitar a diligência. Ele disse ter filmado o momento em que foi supostamente xingado por Moraes.

A corporação diz que as declarações de Zanatta demonstram “profunda incompatibilidade” com a denúncia de Moraes, “sendo alegado que os investigados não são autores das condutas imputadas e, inclusive, chegam a ser vítimas de ofensas e insultos sem qualquer motivo prévio, demonstrando a inconsistência do relato”.

“A reiterada conduta dos investigados em prestar esclarecimentos quando ao fato objeto do inquérito demonstra uma postura não colaborativa e desdenhosa perante as autoridades públicas e, ao final, perante ao próprio Sistema de Justiça. Mais do que isso, a postergação de esclarecimentos quanto aos fatos e a deliberada protelação da investigação favorece a possibilidade de eliminação de materiais probatórios por parte dos investigados, havendo, inclusive, menção por parte de ALEX ZANATTA BIGNOTTO quanto a existência de registros audiovisuais em sua posse relacionados ao objeto da apuração”, alegou a PF.

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